sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Poema Em Construção


Já toquei a velha campainha sobre aquilo que falamos,
mas dessa vez você se fez senhora livre.
Ando com as mãos nos bolsos, de cabeça erguida,
pois a mim tanto se me dá seis como meia dúzia.

Assim foi. Vendi meu piano e liquidei as contas contigo.
O seu gosto moderno foi-se para o diabo!
E, em resposta, você diz que estou mais gordo e de melhor fisionomia.
No seu ardor, sua voz deixa sempre seus olhos mais acendidos.

Sempre a mesma coisa. Sem termo de comparação.
Tomo-lhe as mãos e as cubro de beijos,
Procurando arrancar-lhe palavras mais positivas.

Porque tenho por certeza lhe preparar melhor para mim
Como o arquiteto que trabalha o prédio,
E de sentir de perto o gostinho de ter acompanhado a obra!

Acreis, 26/12/2010, Sta Cruz (chez moi)

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