quinta-feira, 5 de dezembro de 2019
Língua Lânguida
Não me faças mais caretas,
Apenas fiques ali sentada, em silêncio.
Espreguices tuas lembranças,
Mas não me roubes mais
O amor que sinto por ti.
Porque não tenho mais argumentos
Para tantas lágrimas...
Por que te amo desenfreadamente?
Ando procurando dias mais brandos
Para tomar decisões,
Fechado em meu quarto,
Sob uma lâmpada azul,
Para transformar, tentar transformar,
Tu em ninguém...
Porém, fico furioso pelo insucesso,
Porém, furiosamente admito outra enrascada,
Agora sem mais argumentos para lágrimas.
E tu apareces, roçando teu corpo no meu,
Derretidinha por mim, língua lânguida,
Que perspicaz me lambe e lambe,
Envolvendo-me, engulindo-me,
Agraciando todo o meu corpo e alma.
Acreis, 17/09/2012, Sta Cruz/RJ
P/ Iolanda.
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