quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Claro Que Eu Já Sabia



Mal conseguia acreditar
Que ela era assim bem mais nova
Não que eu fosse tão mais velho assim
Porque pra mim ela era tudo
Ela me explicava como se devia agir no amor
E como devíamos fazer
Claro que eu já sabia
Mas queria fazê-la sentir-se mais confiante
Mais confortável
A ponto de fazer-me um pouco envergonhado
Tudo junto e quase desmaio no final
Quando ela acariciou-me os cabelos
Com a língua na minha orelha
Pedindo um presente na minha volta
Ela praticamente disputava comigo a minha alegria
E logo fui chamado às suas coxas em pompoarismo
Mal podendo em minhas trêmulas pernas
Em seu quarto fitava as paredes
Olhava tudo em torno de mim
E sabia que poderia lhe oferecer algo mais valioso
Ela ficou me esperando na janela
Ao mesmo tempo eu sabia que a cada dia que passava
Ficava mais refém daquele amor
Se eu comprei tudo que ela queria foi pouco
Se eu comprei todos os dias em que lá morei
Não foi somente para ela
Porém tanto amor não foi suficiente
Para fazê-la ficar em casa
Lavando, cozinhando, usando as comissões que lhe daria
Porque sua vida seria sempre vazia
Presa em um grande apartamento
Sentindo-se escrava
Mãe de filhos e assuntos de esposa
Enfim uma doença que lhe traria a morte
Ou uma outra forma de pensar a vida 

Acreis, 06/09/2013, Sta Cruz/RJ
Chez-moi
Para meu amor Iolanda

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