terça-feira, 31 de março de 2015

Espaço Virtual do Beijo



Estou no quarto de um Castelo, definitivamente belo!
Do nosso quarto você pode ver que há um círculo na sala.
De pé, sobre uma mesa no centro da sala,
Um  caixão com uma menina, sem ela  saber.
Um queimador de incensos em um dos quatro cantos.
Sim, no espaço virtual para um, no máximo.
Em uma janela, um homem alto, e magro.
Então, por favor, vá até o local que você acabou de ler,
E entre dois montes longínquos,
Na maioria dos lugares na praia, encontre sua alma.

A terceira filha está atrás da cortina da janela lateral.
Sente-se em frente da primeira janela,
Onde há uma tocha para o direito de regresso.
Os dois restantes poemas serão  lidos  um de cada lado da janela.
Tenho neve nos olhos.  Luar nas mãos para beijá-la, e era noite.



Acreis, 04/09/2014 – Santa Cruz/RJ
P/ Iolanda

sexta-feira, 27 de março de 2015

Canção Sem Ritmo Para o Dia Dos Pais

Por que Deus não fez com que meu
Pai desaparecesse para sempre?
Não há mais limites entre o céu e a terra?
No tempo livre em que vivemos,
Limpar a luz dos olhos sem olhar para o escuro,
Pricipalmente quando o vento sopra de lá p’ra cá
E a chuva caindo assim, assim, mostrando tudo,
Leva-nos a crer em outras possibilidades...
A Dalvete me falou que nosso pai estava apenas escondido...
Mas sempre senti as rugas da sua pele,
A água limpa com que ele banhava o rosto, o ar fresco da sua boca,
O seu pensamento claro...
A morte ocorre,
Isto é, em um curto espaço de tempo ela chega
E vai embora sem deixar vestígios...
Minha mãe Genoveva acha graça da morte
E me disse que a vida é para sempre!
Por que Deus fez a morte
- Mistério Profundo -
No primeiro dia da criação?
Se eu fosse o rei do mundo,
Não haveriam Regras de Redução...
Pai e mãe não têm que morrer!
Eles devem ser para sempre!
Eu tenho um filho com a sua mãe,
E ele, apesar de velho,
É pequeno, mas existe,
Como existem os lírios no campo!

Acreis, 09/08/2014 – Santa Cruz/RJ

Poema para o Dia dos Pais

sexta-feira, 13 de março de 2015

O Perfume Das Horas

               
Tenho desejo e saúde, saudades também tenho!
A lua apaixonada e reluzente mostra o sorriso!
A visão do que é concreto não permite o perfeccionismo,
Porque o momento infantil não nos leva ao desespero...

Não há mais sossego nem loucura,
O que há é a interação das palavras no incômodo dos meus versos!

Tenho lido romances de fantasia,
O que me leva a morar em ninhos de intrigas...
E como resposta, o seu sonho...
Ah, imaginação medieval, que me faz passarinho!

A minha arte é a entrega da Divindade à justa causa,
À calidez de qualquer melodia!
Fujo do que é abstrato para deixar
A minha alma o sentimento do amor,
Para fugir do que é solidão!

A noite pergunta se regressar ao que um dia fui
Fará meu coração mais forte...
Porém, o perfume das horas me traz a alegria,
Essa satisfação refletida nas nuvens,
Essa paz das montanhas que dormem em silêncio!


Acreis, 02/08/2014 - Santa Cruz/RJ - Chez moi

Dedico a minha mulher Iolanda, aos meus filhos
Fernanda, Leonardo e Gianini:; aos meus genros
Jorge e Tatiane; bem como aos meus netos
Pedro, Clarinha, Gabi e Carol, que passaram o dia de sábado
ao meu lado...Todas essas pessoas citadas contribuíram diretamente
na confecção desse poema (dadaísta), passando para mim cada palavra
acima escrita!

sexta-feira, 6 de março de 2015

Outono Sem Nuvens

 "Se você se olhar no espelho, Me desculpe, Eu acho que não vai se ver."
Por que eu era um erro
E só agora que sinto?
Eu perdi. Você perdeu.
Eu saí da sua vida
Quando você ainda era
Uma Estrela!
Foi um sonho louco!

Não desisti da minha vida...
Eu espero atravessar a ponte,
Sempre.
Até ontem, ontem,
Pensava em me matar...
O que não sinto mais hoje
Nem amanhã.

Muitas lembranças desapareceram,
Sinto que mudei.
Você agora é outra pessoa.
Não se abisma em querer o que quer.

Pássaros grandes e amarelos
Invadem o meu céu.
Agora aproveite e retire
Os meus sonhos dos seus céus!

Pelo amor do amante que um dia fui
Eu chamo somente por mim.
Não sou mais aquele amante inconstante
Que você deixou...
Eu não me sinto em impasse.
Tenho outros planos...

Se você se olhar no espelho,
Me desculpe,
Eu acho que não vai se ver.
E lhe digo:
Não há mais volta!
Não há nada mais para mim!

Eu diria que a vida,
E a quase morte da minha vida,
Felizmente,
Advertiram-me a tempo.

O que vivo hoje não é mais um sonho
E está longe, bem longe,
O último dia de minha vida!

Você pode até dizer,
Ou pensar:
Sinto muito por fazê-lo sonhar,
Ó pobre rapaz!
Ah, minha cara, eu nada perdi...
Tenho n'alma outras configurações.
Como você não pode mais ver,
Somente uma dica lhe dou:
Não sou mais como era.
Já não vivo sem dormir
E nem durmo mais bêbado.

Hoje quem lhe imagina sou eu,
Alma dormente e intrusiva,
Envolta em um outono sem nuvens,
Em falsas gargalhadas!


Acreis, 02/11/2013 - Sta Cruz
Chez moi

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