sexta-feira, 6 de março de 2015

Outono Sem Nuvens

 "Se você se olhar no espelho, Me desculpe, Eu acho que não vai se ver."
Por que eu era um erro
E só agora que sinto?
Eu perdi. Você perdeu.
Eu saí da sua vida
Quando você ainda era
Uma Estrela!
Foi um sonho louco!

Não desisti da minha vida...
Eu espero atravessar a ponte,
Sempre.
Até ontem, ontem,
Pensava em me matar...
O que não sinto mais hoje
Nem amanhã.

Muitas lembranças desapareceram,
Sinto que mudei.
Você agora é outra pessoa.
Não se abisma em querer o que quer.

Pássaros grandes e amarelos
Invadem o meu céu.
Agora aproveite e retire
Os meus sonhos dos seus céus!

Pelo amor do amante que um dia fui
Eu chamo somente por mim.
Não sou mais aquele amante inconstante
Que você deixou...
Eu não me sinto em impasse.
Tenho outros planos...

Se você se olhar no espelho,
Me desculpe,
Eu acho que não vai se ver.
E lhe digo:
Não há mais volta!
Não há nada mais para mim!

Eu diria que a vida,
E a quase morte da minha vida,
Felizmente,
Advertiram-me a tempo.

O que vivo hoje não é mais um sonho
E está longe, bem longe,
O último dia de minha vida!

Você pode até dizer,
Ou pensar:
Sinto muito por fazê-lo sonhar,
Ó pobre rapaz!
Ah, minha cara, eu nada perdi...
Tenho n'alma outras configurações.
Como você não pode mais ver,
Somente uma dica lhe dou:
Não sou mais como era.
Já não vivo sem dormir
E nem durmo mais bêbado.

Hoje quem lhe imagina sou eu,
Alma dormente e intrusiva,
Envolta em um outono sem nuvens,
Em falsas gargalhadas!


Acreis, 02/11/2013 - Sta Cruz
Chez moi

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