sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Do Outro Lado da Rua

Eu não tenho nada mesmo

E acho que nunca vou

Eu só quero o antes

Eu não quero o depois

Ao mesmo tempo

Estou por cima do mundo

Do sonho do mundo sobre mim

Tranquei as janelas do meu quarto

Para não ver que entre milhões de pessoas

Eu não conheço ninguém

(Se você me conhece, você sabe?)

Porque bem por dentro

Do outro lado da rua

Tudo é possível

É estar na rua e não ser capaz de acessar a verdade

O dólar, com o tempo, não soube mais do real

Ficou tudo sob sigilo

Uma grande pedra sobre a espécie humana

Varro as cinzas da morte

Derrubo as paredes e os homens de cabelos úmidos

Meu destino está em um vagão

Que passa por uma estrada destruindo tudo



Acreis, 17/12/2013, Centro de Sta Cruz/RJ

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