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Cubro-a de jóias,
Visto-a com sedas.
Alpinista, subo com a língua
O seu corpo
E falo em seu ouvido
Palavras deveras obscuras.
Em um nicho de ternura
Abraço todo o seu corpo
Antes do pôr-do-sol
De sua infância
E lhe recito versos
Poeticamente supersticiosos.
Para tê-la comigo
Rodaria o mundo
Vendendo perfumes,
De barco ou de bicicleta,
Somente para tê-la comigo.
Esqueço das minhas várias
Amizades femininas,
Fotografias, pérolas...
Tudo deixei na penumbra
De minha alma.
No tocante ao amor
Não tenho ninguém
A quem pedir conselhos,
Um rosto amado a recorrer.
Nada.
Juntos, quando a olhar o céu,
Falamos da pluralidade
Dos mundos habitados
E sobre nós se abate
Uma paixão louca, desesperada,
À noite, em seu jardim:
Paradoxismo do desejo!
Temos breves sessões
De ávidas carícias
E tentamos,
Em vão,
Analisar nossas ânsias,
Atos e motivos,
Sonhando os mesmos sonhos,
Lembrando cartas de baralho.
Sempre beijo o canto da sua boca
E mordo os lóbulos de suas orelhas em fogo.
Uma penca de estrelas
Nos ilumina nesta noite
E bebemos a mesma poção misteriosa,
Que passa por nossos corações,
Gargantas e tripas.
Acreis, 12/05/2012, Centro/RJ
Para Iolanda, avec amour.
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