Fui entregue, assim, a seu amor, sem conhecê-la.
Você comeu a minha pele e minha carne, e quebrou meus ossos.
Mas eu sou aquele que sabe sofrer
Porque sempre morei na escuridão,
Porque sempre fui amigo da morte.
E o que você faz é violentar-me com seus beijos,
Seu corpo perfeito de Virgem de Lorena,
Praticando pecados imperdoáveis,
Fazendo-me amá-la sujo de sangue,
Manchando minha alma de vermelho.
Eu não a odeio, visto que a amo,
Mas a condeno por amar-me,
Pois sempre me derruba e me esmaga,
Castigando-me para que não me afaste,
E não consigo ir, mesmo que assim queira,
Porque seus braços apontam as minhas faltas,
Porque você sabe o que fui.
Então, expulsa logo do meu corpo o demônio do seu amor!
Faz-me amá-la como amo a mim!
E eu agradecerei por toda a minha vida
Toda a vez que vier me amar.
Acreis, 25/11/2010, Madureira/RJ.
Para Iolanda, avec amour.
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