sexta-feira, 28 de setembro de 2012

SENTIDOS


Amores, lábios, impossível não gostar...
Carícias,
Amores novamente, lábios molhados de chuva para beijar.
Vem a primavera aberta de flores,
Tocando sementes, cativando as cores...

O pensamento é qualquer destino,
Mas que tenha o perfume de arrazadora paixão.
Olhos, sorrisos, folhas para folhear,
Ventos para soprar,
Abraços para adornar...

A floresta, enfim, descobrindo seu manto,
Permite que a brisa toque suas melodias,
Em tom poético, sem pertencer a ninguém,
Nem a quem está perdidamente sozinho, sem forças,
Como eu agora, em devaneios.

Visto a fantasia da alma, escondendo meu rosto,
Pintado com as cinzas, mostrando outra face,
Para repousar em delírios o romance
Escrito nos teclados.
Mesmo distante de mim, distanciando as palavras,
Deixo aos pássaros meus passos,
E volto a existir em qualquer flor,
Mergulhado nos movimentos amargos
De quem, talvez, nem queira adivinhar.

Agora as nuvens, em forma de seios,
Tornam-se para mim  enigmas,
Pois afastam qualquer sonho,
Elas, as nuvens, sempre vazias.
Os dedos das estrelas deixam fugir o lume,
E elas, as estrelas, sozinhas, não chegam ao chão.
Precisam de beijos, do cheiro de qualquer momento,
Para que, em segredo, desabrochem nos mares.



Acreis, 19/11/2010, Sta Cruz 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.

veja também :

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...