sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Árvore da Vida

"...como aqueles botões da árvore da vida, que antes eram flores da escuridão..."


Pelo correio do pensamento
te mando uma mensagem da máxima importância,
como um trem que sai de um túnel
à procura de tua estranha beleza.


Tu cantas o canto das cigarras
para dar vida às árvores.
Ah! O amor me deixa tão solitário...


Os teus olhos, depois de riscarem
a sua trajetória na noite,
somem no meio da escuridão,
desaparecendo nas casas e colinas,
sem cor nem janelas.


Te encontro à margem de um rio
onde passeiam os mortos.
Ali está a tua mão.
Ali estão os mortos,
já que a morte não existe.


Te vejo perto daquela gente vagarosa,
que me olha tão vagamente,
sob a carícia da brisa.


Ainda não se sabe nada da vida!


Esta noite quero sentir
na flácida pele da tua face desgatada
o beijo da compaixão,
pois a vida não tem nada a ver com rosas.


Nossos momentos são esses,
como aqueles botões da árvore da vida,
que antes eram flores da escuridão.

Acreis, Madureira/RJ, 19/04/2011
Para Iolanda, avec amour.

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