domingo, 7 de outubro de 2012
Bordados
Sou uma mãe espantada
Sou pai também por instinto e aspereza.
Fiquei fora de mim durante uns tempos
E hoje sou a filha
Que traz a felicidade para o lar.
Bato palmas com apenas uma mão
E canto com a voz fria
De um casal formado por uma pessoa,
Como se fosse a esposa
Do meu terceiro filho.
Todos os homens
E todas as mulheres poderão entender-se
Quando pensarmos apenas em nós,
Com as mão unidas,
Deitados na mesma cama.
Sou um rapaz de gestos vagos,
De mãos esguias.
Sou filha única de pai solteiro,
Supondo que os seres masculinos são iguais.
Meu amor, eu voltei!
Voltei porque não convém
Que a esposa fique sem entender
O que faz o marido
Quando vai para longe.
Volte também, meu amor!
Volte para o lar do seu marido,
Que hoje sabe cozinhar
E fazer bordados.
Acreis,11/11/11,Sta Cruz/RJ
p/ Iolanda, avec amour
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