pois ainda quero ouvir tua voz aguda
cantar canções de embriaguez.
Ah, bonitinha,
queres que eu me embriague também?
Tu, com a blusa desabotoada,
adentra meu quarto,
e me chamas de príncipe generoso,
porque sabes que eu sempre passo dos limites.
Ontem te encontrei perdida,
no meio dos oceanos infinitos,
querendo apenas viver, viver somente.
Acabei por achar o que procurava,
e me vi jovem, tocador de realejo,
moendo uma melodia sentimental;
e tu, também jovem de quinze anos,
vestida como se fosses uma moça,
cantando com voz fanhosa,
trajando luvas, chapéu de palha,
e uma mantilha vermelha.
Gosto de te ouvir cantar,
principalmente nesta noite fria,
triste e úmida noite de outuno.
Acreis, 25/02/2011, Madureira/RJ
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