quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Palavra Cruel


Anulo qualquer pensamento indigno
e persigo a  sobrevivência em lembretes.
Faz um bocado de tempo
que uma palavra cruel
não penetra as tintas
da serenidade do poema.
Escrevo, então, sobre
o que for que passe :
impasse ou deslumbramento,
exceto a possibilidade da dor
em detrimento do amor.
Rimo então chuva com luva,
imediatamente, intensamente.
Resisto até não poder mais
à sua olhadela cravada
no meu pescoço...
- Não faça o que digo
nem fale o que ouço...
Esparramado na cama,
inerte, em flerte,
agarrado na sua cintura,
impura,
odiando o silêncio
que sua boca guardava,
o que não falava.
Não há coerência
nem paciência,
e o que há não paira
para ficar,
passa de relance
num lance,
lá longe,
na mente,
longamente.

Acreis, Sta Cruz/RJ
26/05/2011

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