Esmago flores que não vejo
errando pelo jardim
donde não me é permitido sair.
Trago comigo a febre
de um sarampo complicado
por uma catapora
que não tive na infância.
Você toma a minha mão e diz:
- Iremos para onde lhe agradar!
Sinto-me então criança dígna de lástima,
e choro pelas horas
abençoadas da minha juventude amorosa...
Não, esta noite não sofro,
pois voltarei atravessando as muralhas,
e, cedo ou tarde,
me lançarei contra seu peito,
e você saberá que não se entra assim
na vida de um homem.
O nosso amor é a única coisa
que vale a pena para nós neste momento,
neste minuto presente.
É doce repetir o seu nome
quando estamos ligados estreitamente pelo coração.
Basta o pensamento de que vivemos,
de que respiramos,
de adormecer à noite com a cabeça em seus braços,
e de acordar de manhã sobre o seu corpo jovem de bruma.
Ajoelho e deito minha boca em seu ventre,
e de repente tudo se endireita e floresce.
Acreis, 14/03/2011
Para Iolanda, minha.
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