Amores, lábios, impossível não gostar...
Carícias, novamente lábios molhados de chuva para beijar.
Vem a primavera aberta de flores,
Tocando sementes, cativando as cores...
O pensamento é qualquer destino,
Mas que tenha o perfume de arrazadora paixão.
Olhos, sorrisos, folhas para folhear,
Ventos para soprar,
Abraços para adornar...
A floresta, enfim, descobrindo seu manto,
Permite que a brisa toque suas melodias,
Em tom poético, sem pertencer a ninguém,
Nem a quem está perdidamente sozinho, sem forças,
Como eu agora, em devaneios.
Visto a fantasia da alma, escondendo meu rosto,
Pintado com as cinzas, mostrando outra face,
Para repousar em delírios o romance
Escrito nos teclados.
Mesmo distante de mim, distanciando as palavras,
Deixo aos pássaros meus passos,
E volto a existir em qualquer flor,
Mergulhado nos movimentos amargos
De quem, talvez, nem queira adivinhar.
Agora as nuvens, em forma de seios,
Tornam-se para mim enigmas,
Pois afastam qualquer sonho,
Elas, as nuvens, sempre vazias.
Os dedos das estrelas deixam fugir o lume,
E elas, as estrelas, sozinhas, não chegam ao chão.
Precisam de beijos, do cheiro de qualquer momento,
Para que, em segredo, desabrochem nos mares.
Acreis, 19/11/2010, Sta Cruz
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