pela relva do parque.
Se você fosse água,
teria se estendido até o mar,
numa lisa maré azul.
Seu espírito é um líquido
que flui em redor das coisas
e as envolve completamente.
Nos quartos em que você já dormiu
portas e janelas fecham os olhos
como se estivessem sonhando
durante a sua ausência.
Foi em um vão de janela
que escrevi seus primeiros versos.
A sua poesia é rósea e amarela,
verde e cor de areia.
P'ra você abro meus braços
de Shakespeare,
contemplando-a sentada
em cadeira de rainha.
A lua então pára nas águas
e nada se move entre o céu e o mar.
Acreis, 03/05/2011
Sta Cruz/RJ
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