sábado, 17 de novembro de 2012

JOVEM MENINA


Toda a suavidade fascina
O que claramente dormia.
Ela, a menina no campo,
Graciosa e desafiadora, surge em imagem
Entre os cochichos das flores,
Para, na agonia das lágrimas,
Recordar todos os lamentos.
A lucidez resplandece todo o silêncio
Das mensagens, a menina então insiste em seduzir,
Pacientemente, o som de uma concha.
Acorda, então, estreitando as ventanias,
Ansiosa e sufocada, em um planeta cinza,
Selvagem, em sua memória surrealista.
A inocente jovem, que procura lembranças
Nos espelhos de seus olhos,
No vermelho de seu sangue,
Na estranheza de sua origem,
Suavemente mostra sua habilidade
De curandeira, quando, de forma estranha,
Delineia no céu os percalços da vida.

Acreis, 21/11/2010, Madureira

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