florescem nas paredes do meu quarto.
Tudo torna-se um cântico de alegria.
Estive morto e agora estou vivo.
As vozes dos pássaros,
que dialogam numa estranha harmonia,
tornam-se mais fortes
quando o sol fica mais quente.
Basta-me apenas abrir os olhos
para ver as flores vermelhas
crescerem agora através da minha carne.
Retiro a neve que cobre meu corpo
e caminho lentamente para o café mais próximo.
Não há música nem esmola.
Observo, com alegria,
uma folha tremendo ao sopro do ar.
Os mortos estavam ali, entre as orquídeas.
Uma mulher de cabelo branco veio vindo na minha direção.
Estava enlameada, mas não tinha feridas.
Ela então senta-se a meu lado e sorri.
Que horas são? Perguntou ela.
Um quarto para as doze.
O que é ser jovem?
A pobre moça estava completamente agoniada,
mas o que fazer se a gente se enamora
da mulher que encontra?
Ela não lê nada, não pensa nada, não sente nada.
Meu amor, você não mudou coisa alguma!
Acreis, para Iolanda, com amor.
Em 18/05/2011, Sta Cruz/RJ
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